CRÍTICA | Rei Arthur: A Lenda da Espada

CRÍTICA | Rei Arthur: A Lenda da Espada

As produções medievais costumam despertar imenso interesse nos fãs de filmes e séries. Trilhas sonoras épicas, cenas longas de batalhas grandiosas e violentas, figurinos chamativos, lendas dos grandes clãs, diálogos bem costurados e sequências com altas doses de sensualidade são algumas das características em comum dos longas que tem como proposta remontar os tempos antigos da Europa na Idade Média.

É justamente nesse período que se passa a famosa e já contada história do Rei Arthur, que volta agora aos cinemas com Charlie Hunnam (série da Fox “Sons of Anarchy”) no papel principal. O longa é uma tomada iconoclasta do clássico mito da espada Excalibur, traçando a jornada de Arthur das ruas para o trono.

E iconoclasta (que ou aquele que destrói imagens em geral) é a palavra que melhor define o estilo narrativo adotado pelo diretor Guy Ritchie (“O Agente da U.N.C.L.E.”, filmes “Sherlock Holmes”). Ele quebra todos os paradigmas de produções medievais descritos no início deste texto. Nada de cenas longas, de diálogos muito costurados e explicativos. Batalhas sangrentas ou sequências com sexo também passam longe da produção. Tudo acontece numa velocidade absurda, a edição é nervosa – com cortes rápidos – e não há tempo pro espectador empreender grandes reflexões. Tanto é que os primeiros dez minutos até assustam um pouco, é preciso um tempo pra se adaptar à proposta.

O elenco é bem escalado e não compromete. Além de Charlie Hunnam, que embarca bem nessa proposta de transformar uma história medieval em uma épica aventura de ação e fantasia, o time de atores também conta com o indicado ao Oscar Jude Law (“Cold Mountain”, “O Talentoso Ripley”) como Vortigern, Astrid Bergès-Frisbey (“Piratas do Caribe 4: Navegando em Águas Misteriosas”) como Mage; o também indicado ao Oscar Djimon Hounsou (“Diamante de Sangue”, “Terra de Sonhos”) como Bedivere; Aidan Gillen (série da HBO “Game of Thrones”) como Goosefat Bill; e Eric Bana (“Star Trek”) como o pai de Arthur, o Rei Uther Pendragon.

CRÍTICA | Rei Arthur: A Lenda da Espada Apesar da ousadia, da inovação no estilo de narrativa medieval e das atuações que não comprometem, “Rei Arthur: A Lenda da Espada” é uma obra esquecível e rasa. O filme, que tem mais de duas horas de duração, não chega a ser cansativo, mas também não tem nenhuma cena ou sequência capaz de marcar a memória do espectador. Vale como passatempo.

 

Rei Arthur: A Lenda da Espada

SINOPSE

Quando o pai do jovem Arthur é assassinado, Vortigern (Jude Law), seu tio, se apodera da coroa. Sem ter o que é seu por direito de nascimento e sem ideia de quem realmente é, Arthur cresce do jeito mais difícil nos becos da cidade. Arthur (Charlie Hunnam) se torna um jovem das ruas que controla os becos de Londonium e desconhece sua predestinação até o momento em que entra em contato pela primeira vez com a Excalibur. Desafiado pela espada, ele precisa tomar difíceis decisões, enfrentar seus demônios e aprender a dominar o poder que possui para conseguir, enfim, unir seu povo e partir para a luta contra o tirano Vortigern, que destruiu sua família.

TRAILER

 

Vinícius Andrade
Criador do Crônicas do Agora. Jornalista que trabalha com foco em SEO e na criação de conteúdos para diferentes plataformas. Interessado em boas conversas, textos e histórias. Já foi editor do Notícias da TV, além de ter atuado como social media, roteirista e produtor ao longo da carreira de mais de 11 anos. E-mail: viniandrade@cronicasdoagora.com.br