Desculpa se te amo

Eu realmente não ligo que você me odeie. Vai lá, pode odiar. Conta pros teus amigos e grita pro mundo durante um porre o quanto cê não quer me ver “nem pintada de ouro”. Suspira aliviado pras suas meninas que foi melhor descobrir tarde do que nunca o quão horrível eu sou por dentro – como se eu nunca tivesse te alertado. Como se nunca tivesse escrito em páginas e páginas ou cantado em meio àquelas músicas horríveis que tocavam na nossa balada preferida.

Vai lá, vai. Xinga, pode xingar. Desculpa se te arrastei pra essa minha vida de intensidade e contas não pagas, pras minhas verdades sempre tão vazias e minha prepotência. Desculpa por ter te colocado nessa enrascada de textos confusos, bandas ruins e manhãs de ressaca. Por te pedir pra ficar e depois resolver ir. Desculpa por mudar de opinião toda hora, por falar demais e por não te deixar ir embora enquanto ainda dava. Desculpa por ter feito tudo o que sempre prometi não fazer.

Vai, pode me odiar. Prova pros outros que há mil e uma mulheres melhores do que eu por aí. Mas, antes, me desculpa se seus olhos continuarem brilhando ao falar meu nome.