Episódio 5 de Loki extermina dúvida importante

Cena do episódio 5 de Loki
(Foto: Disney+)

O episódio 5 de Loki finalmente respondeu a uma pergunta de todo mundo que acompanha a série. Como é a vida dos integrantes da AVT fora da AVT? Foi bem interessante ver a contraposição dos personagens da agência temporal no mundo real.

O certinho Casey (Eugene Cordero) na verdade era um criminoso preso em Alcatraz, a linha dura B-15 (Wunmi Mosaku) era uma pediatra carinhosa, OB (Ke Huy Qaun) era um escritor frustrado que não tinha tanto apego assim a ciência, e Mobius (Owen Wilson), bem, Mobius era o mais parecido com o que conhecemos, mas nos trouxe a revelação da sua obsessão por motos aquáticas, além da surpresa em nos apresentar dois filhos um pouco endiabrados. 

A interação entre Loki e Mobius segue como uma das melhores coisas da série, com Owen Wilson tendo mais tempo para mostrar seu lado cômico.

Já falei outras vezes, mas não custa repetir, Ke Huy Quan foi um dos maiores acertos de Loki, e seu cientista curioso traz ótimos momentos para o show, como quando ele aparece do nada durante a conversa entre Loki e Mobius, já sabendo de uma maneira de viajar no tempo e com uma explicação absurda sobre isso, típica das páginas de quadrinhos. 

De todos do grupo, apenas Sylvie (Sophia Di Martino) se lembra de Loki, talvez por ela ser um Loki também e seguir perdida no espaço/tempo. É com ela que o deus da trapaça tem, novamente, uma das mais filosóficas conversas da série, desta vez em como nossas ações dizem muito sobre nós mesmos. E diferentemente do último debate, Sylvie saiu vencedora desta vez.

Aliás, é de Sylvie a melhor sequência de “Ciência/Ficção”, quando ela se senta para ouvir música e a câmera acompanha toda sua movimentação enquanto toca “Oh! Sweet Nuthin'” do The Velvet Undergound, uma faixa adorada do álbum Loaded de 1970. E logo depois, a câmera gira no compasso do disco, com aquela trilha tranquila para acompanhar uma cena um tanto quanto desesperadora.

Detalhes que transformam o capítulo em um dos mais bonito da série Loki.

Com a linha temporal escolhida por Sylvie totalmente destruída, nossa variante muda de ideia e convence Loki a salvar todos. Ao ver a morte dos amigos novamente, Loki consegue controlar a viagem no tempo e volta para o mesmo ponto onde terminou o capítulo anterior, com ele na TVA presenciando o fim de tudo, mas desta vez podendo impedir a explosão. 

Uma cena pós-crédito passou despercebida por muita gente, e traz apenas a voz de Brad (Rafael Casal) dizendo: “Você morreu, insira sua moeda, perdedor”, em uma referência ao jogo mostrado pouco antes de Sylvie e Loki conversarem em um bar, o que dá a incrível ideia de que Loki está em um videogame onde você pode reiniciar a fase quando o personagem morre.

O último capítulo agora vai mostrar se teremos um THE END ou um CONTINUE nessa jornada do nosso, agora, herói de Asgard.

Breno Piero
Jornalista, roteirista, escritor e viajante do tempo. Sente constantemente a perturbação da força. É contra remakes, mas pode ser convencido do contrário lá no Insta @brenopiero.