10 filmes para assistir no Dia da Consciência Negra

Consciência Negra - Cynthia Erivo como Harriet Tubman no filme sobre a vida dela
Cynthia Erivo como Harriet Tubman (Foto: Reprodução/Apple TV)

O Dia da Consciência Negra é um momento para celebrar a riqueza da cultura afro-brasileira e promover a conscientização sobre a igualdade racial e antirracismo. Uma excelente forma de honrar esta data é desfrutar de filmes e séries que destacam as histórias, lutas e contribuições da comunidade negra.

Neste texto, o Crônicas do Agora vai apresentar uma seleção dos 10 melhores filmes para assistir no Dia da Consciência Negra.

1 – Harriet – O Caminho para a Liberdade (2019)

A escravidão é uma das páginas mais sombrias da história da humanidade. Uma figura que dedicou sua vida à luta contra essa terrível prática, visando a erradicar seus efeitos persistentes na sociedade contemporânea, merece profundo respeito. Harriet é uma cinebiografia que narra a extraordinária vida de Harriet Tubman.

Apesar de ter nascido como propriedade de um fazendeiro do Sul, ela se transformou em uma abolicionista cuja atuação desempenhou um papel fundamental na abolição do cruel sistema de escravidão norte-americano. Dirigida pela cineasta Kasi Lemmons, o filme oferece uma abordagem direta da vida da protagonista, interpretada com grande intensidade por Cynthia Erivo, indicada ao Oscar de Melhor Atriz por sua atuação no filme.

2 – Medida Provisória (2022)

Em um cenário distópico, um governo brasileiro emite uma medida provisória como parte de uma iniciativa de reparação histórica pela escravidão. Isso desencadeia uma reação no Congresso Nacional. Posteriormente, o Congresso aprova uma medida que obriga cidadãos negros a migrarem para a África em busca de suas raízes.

Essa decisão tem um impacto direto na vida do casal formado pela médica Capitú (Taís Araújo) e o advogado Antonio (Alfred Enoch), bem como na vida de seu primo, o jornalista André (Seu Jorge), que reside com eles no mesmo apartamento. Nesse espaço, os personagens exploram questões sociais e raciais, compartilhando seus anseios em relação à mudança de país. Confrontados pela iminência do exílio e separados pelas circunstâncias, o casal enfrenta a incerteza de se reencontrarem.

Este filme é uma adaptação da peça teatral Namíbia, Não! escrita por Aldri Anunciação e dirigida por Lázaro Ramos em 2011, trazendo à tona discussões relevantes sobre identidade, pertencimento e justiça social.

3 – Histórias Cruzadas (2011)

Histórias Cruzadas se desenrola na cidade de Jackson, no estado do Mississippi, durante a década de 1960. Skeeter (Emma Stone), uma jovem da alta sociedade, retorna à sua cidade determinada a seguir seu sonho de se tornar escritora. Seu projeto a leva a entrevistar as mulheres negras da comunidade que sacrificaram suas vidas para criar as crianças das famílias brancas privilegiadas, à qual Skeeter também pertence.

A primeira a conceder uma entrevista é Aibileen Clark (Viola Davis), a empregada da melhor amiga de Skeeter, o que gera controvérsia na sociedade. Apesar das críticas e desafios, Skeeter e Aibileen continuam trabalhando juntas e, aos poucos, conquistam o apoio de outras mulheres. Este filme destaca temas cruciais relacionados a discriminação racial, empoderamento feminino e o poder da narrativa.

4 – Café com Canela (2017)

Após a trágica perda de seu filho, Margarida (Valdinéia Soriano) se encontra em um estado de isolamento da sociedade. Ela toma a decisão de se separar de seu marido Paulo e acaba perdendo o contato com seus amigos e relações sociais. Contudo, um dia, uma figura inesperada, Violeta (Aline Brunne), bate à sua porta.

Violeta é uma ex-aluna de Margarida, que assume a nobre missão de trazer um raio de esperança à vida daquela pessoa que desempenhou um papel significativo em sua juventude. Esta emocionante história retrata como a conexão e a empatia podem iluminar os caminhos negativos da vida, proporcionando uma nova perspectiva e renovação.

5 – 12 Anos de Escravidão (2013)

Chegamos à metade da lista de filmes para assistir e entender um pouco mais do surgimento da data Consciência Negra. Nesse filme, em 1841, Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor), um homem que já conquistou sua liberdade, desfruta de uma vida tranquila ao lado de sua esposa e filhos. No entanto, sua existência pacífica é abruptamente interrompida quando ele aceita um trabalho que o leva a outra cidade e, lá, é sequestrado e acorrentado.

Vendido como escravo, Solomon é forçado a suportar não apenas humilhações físicas, mas também tormentos emocionais em sua luta pela sobrevivência. Ao longo de um período de 12 anos, ele passa pelas mãos de dois senhores, Ford (Benedict Cumberbatch) e Edwin Epps (Michael Fassbender), cada um explorando seus serviços de maneira única. Esta é a poderosa história de resiliência e determinação de Solomon em face das adversidades de uma vida como escravo.

6 – Que Horas Ela Volta? (2015)

Val (Regina Casé), uma pernambucana, tomou a decisão de se mudar para São Paulo, visando proporcionar uma vida melhor para sua filha Jéssica. Com apreensão, Val deixou Jéssica no interior de Pernambuco para assumir o papel de babá de Fabinho, vivendo integralmente na casa de seus empregadores.

Após 13 anos, quando o jovem Fabinho (Michel Joelsas) se prepara para prestar vestibular, Jéssica (Camila Márdila) entra em contato com ele, pedindo ajuda para viajar a São Paulo e fazer a mesma prova. Os patrões de Val recebem a jovem de braços abertos, porém, quando ela desafia as normas estabelecidas e começa a circular livremente, a situação se complica de maneira inesperada.

7 – Estrelas Além do Tempo (2016)

Em 1961, durante a Guerra Fria, Estados Unidos e União Soviética competem pela liderança na corrida espacial. Enquanto isso, a sociedade norte-americana enfrenta profundas divisões raciais entre brancos e negros. Essas tensões também se manifestam na NASA, onde um grupo de talentosas profissionais negras se encontra segregado.

Entre elas estão Katherine Johnson (Taraji P. Henson), Dorothy Vaughn (Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monáe), amigas próximas que, além de demonstrar competência diariamente, precisam superar o preconceito enraizado para ascender na hierarquia da NASA.

8 – Doutor Gama (2021)

Um filme duro e com muito a se refletir sobre a “Consciência Negra”. Doutor Gama é um emocionante filme biográfico que traz à vida a extraordinária trajetória de Luiz Gama, um renomado escritor, advogado, jornalista e abolicionista que desempenhou um papel crucial na história do Brasil. Nascido livre, Gama enfrentou a escravidão quando, aos 10 anos, foi vendido para pagar as dívidas de jogo de seu pai, um homem branco.

No entanto, a determinação de Gama o impulsionou a conquistar sua liberdade e a se tornar um dos mais distintos advogados de sua era. Utilizando sua vasta compreensão das leis e dos tribunais, ele desempenhou um papel fundamental na libertação de mais de 500 escravos durante sua vida. Conheça a vida de Luiz Gama e sua influência duradoura na luta pela liberdade.

9 – A Vida e a História de Madam C.J. Walker (2020)

Este é um filme biográfico que conta a história de Madam C.J. Walker, uma pioneira ativista social que conquista sua própria fortuna. Sua jornada incrível é marcada pela criação de uma linha revolucionária de produtos capilares e cosméticos, especialmente desenvolvidos para mulheres negras.

Este filme oferece uma visão inspiradora da vida de Madam C.J. Walker, explorando como ela superou obstáculos, desafiou as normas sociais da época e construiu um império de negócios que não apenas a tornou uma das mulheres mais ricas da história, mas também impactou positivamente a vida de muitas mulheres afro-americanas.

10 – Cabeça de Nêgo (2020)

Para encerrar essa lista de filmes está Cabeça de Nêgo. No longa, acompanhamos a história de Saulo (Lucas Limeira), um jovem determinado que, após enfrentar atos racistas na sala de aula, se vê injustamente expulso da escola. No entanto, Saulo decide não ceder e se recusa a sair das dependências da instituição.

Durante sua corajosa ocupação, Saulo utiliza as redes sociais como uma poderosa ferramenta para compartilhar sua indignação em relação à direção da escola. Ele expõe o abandono e a solidão que ele e seus colegas enfrentam, dando início a um movimento estudantil inspirador.

LEIA TAMBÉM:

Gabriel Gameiro
Jornalista, analista de dados, redator e ritmista no Carnaval de São Paulo. Trabalha criando conteúdo SEO desde 2015, apaixonado por escrever sobre entretenimento e viagens. Para saber mais é só me dar um oi no Instagram @gabrielgameirog.