A gratidão precisa gritar

“Não tem do quê agradecer, não fiz nada demais” é uma das frases que eu menos gosto de ouvir. O meu primeiro impulso é dizer: fez, fez, fez, fez sim! Se você me ajudou a desembaraçar um nó do cabelo que eu não conseguiria sozinha, já fez muito e eu já agradeço muito!

As exclamações no final de cada uma das frases são pra impulsionar os olhos na leitura: a gratidão é sempre impactante.

Ser grato é saber reconhecer a diferença que se tem na vida quando se recebe algo que não se necessariamente merece.

Sou grata, porque sei que estou rodeada de pessoas que se importam. Grata, porque sei que a vida é feita dos detalhes que nos brilham os olhos e minha gratidão está nesse brilho que não se apagou. Sou grata, porque sei que não estou só. Porque sei que poderia estar péssima, mas, graças aos meus amigos, colegas e pessoas aleatórias que me desejam bom dia por aí, estou bem.

Ser grata me permite sorrir bem grande e abraçar incontáveis vezes quem passar por mim. Ser grata me enche o peito e me transborda em gargalhadas altíssimas que ecoam por toda parte.

Ser grata faz de mim absurdamente feliz, porque exuberante é o mínimo que a gratidão pode ser.

A poesia da contradição escrevendo uma coletânea vitalícia de histórias que vivi e inventei.