O Caçador e a Rainha de Gelo: uma história sobre amor

O amor vence tudo?

Essa história acontece apesar da Branca de Neve: o enfoque está antes e depois de seu tempo no trono. O início se dá no antigo reino de duas irmãs: Ravenna (irmã mais velha, Charlize Theron) e Freya (caçula, Emily Blunt) são extremamente diferentes e, ainda no comecinho, Freya sofre uma perda irreparável.

Com o coração congelado, sai do reino da irmã para criar o seu próprio, no Norte.

Na história de Branca de Neve, todos sabemos do dito repetido: Espelho, espelho meu, existe nesse reino alguém mais bela do que eu? 

Freya não parece estar nem mesmo ligeiramente preocupada com isso. Seu objetivo enquanto rainha é de conquistar novas terras e transmitir sua maior lei para seu exército: é proibido amar.

Aliás, ainda sobre seu exército, é importante que se saiba que a Rainha Freya os treina desde bem novinhos. Ao conquistar as terras, traz para casa as crianças para que cresçam nas terras nórdicas e mantenham-se longe do amor e dos sentimentos que podem enfraquecê-los.

Em uma das levas de crianças, duas se destacam: Eric (Chris Hemsworth) e Sarah (Jessica Chastain), que são ótimos, ágeis e se tornam caçadores excelentes. Mas eles têm o defeito que não cabe no reino e são tomados pelo amor. Fazem amigos, criam laços e “fedem a amor”.

No decorrer da história, muita ação, brigas, sangue (tudo num nível bem Disney, mas tomei vários sustos) e o descobrimento do grande poder do Espelho, Espelho Meu.

Nas viagens pelas estradas, Eric se junta a quatro anões que geram cenas de humor ótimas aos trajetos e fazem com que você questione o porquê deles não terem sido escolhidos como elenco principal.

 

O que eu achei?

O filme é fraco. O enredo não convence e é extremamente previsível. Os atores não se sustentam e os únicos capazes de produzir alguma empatia é o casal principal. E, é claro, os anões que roubam a cena e te fazem rir das situações mais improváveis.

A ideia que vendem no trailer oficial, de que se trata de um filme nada Conto de Fadas e com muita violência e caçadores de fato existe. Mas isso é só um mero detalhe. O filme não vale pela violência, não vale pelas brigas, não vale pela história, não vale pelas atuações e também não vale pela proposta.

No fim das contas, é um longa sobre amor, porque só vale a pena ser assistido encostando a cabeça no ombro de alguém cuja companhia por si só já seja válida.

(Mas a trilha sonora é muito legal e os anões são engraçadíssimos)

A poesia da contradição escrevendo uma coletânea vitalícia de histórias que vivi e inventei.