Dica Netflix: Beasts of No Nation
Beasts of No Nation foi o primeiro longa-metragem original da Netflix, que está disponível no catálogo do serviço streaming desde o dia 16 de outubro de 2015.
“Uma guerra que transforma crianças em soldados é uma guerra que já está perdida”
Agu (Abraham Attah) mora em uma cidade africana. Perdeu seu pai e seu irmão para os militantes na guerra de conflitos que abala seu país. Sua mãe foi levada para a capital, com seus outros dois irmãos pequenos, porém, Agu acaba encontrando um homem, o Comandante (Idris Elba), que mudará sua vida drasticamente.
É um filme que, certamente, irá te tirar da zona de conforto. Com cenas fortes e violentas, contendo passagens com a voz do pequeno Agu que te envolvem mais ainda na trama. Sem contar com a interpretação dos personagens que ficou impecável.
“Deus, eu matei um homem. É o pior pecado, mas eu sei também que é a coisa certa a fazer.”
Agu
Não sei dizer o motivo, mas o personagem Agu me lembrou Malala. São histórias diferentes, é claro. Agu é um personagem fictício, Malala é uma realidade, mas quando terminei o livro de Malala e quando terminei de assistir ao filme, o sentimento que ficou, junto com um questionamento, foi o de quantos Agu e quantas Malalas devem existir nesse mundo. Crianças que têm sua vida afetada pela guerra, crianças que perdem sua infância para a violência.
Beasts of No Nation foi um grande passo para a Netflix, apesar de não ter tido muito sucesso ao tentar ser exibido nos cinemas, devido a rivalidade que tem crescido entre ambos os serviços, apenas alguns cinemas independentes transmitiram o filme. Mesmo assim o longa-metragem espera conseguir indicação para o Oscar 2016. E eu espero que tenham sucesso e que venham mais produções como essa!
BEASTS OF NO NATION
TRAILER
Trecho do filme:
“A guerra está consumindo tudo. Folhas, árvores, terra, pessoas. Consome tudo. Faz as pessoas sangrarem em toda parte. Somos como animais selvagens sem ter para onde ir. Sol, por que está brilhando nesse mundo? Estou esperando para pegar você com as minhas mãos, espremer tanto que não poderá brilhar mais. Assim, tudo será sempre escuro e ninguém terá que ver todas as coisas terríveis que estão acontecendo aqui.”
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