Loki 2 desperta Victor Timely em episódio promissor da série
Finalmente. Depois de dois episódios regulares, Loki nos apresenta um bom capítulo nesta terceira semana. Em “1893”, Loki (Tom Hiddleston) e Mobius (Owen Wilson) viajam no tempo atrás de Ravonna (Gugu Mbatha-Raw), que bota em prática um plano que Ms. Minutes (a voz de Tara Strong) jura ser d’Aquele que Permanece. Temos também o despertar de Victor Timely (Jonathan Majors) e ainda Sylvie (Sophia Di Martino) querendo matar essa interessante variante, ou seja, 1893 trouxe tudo o que aguardávamos de Loki até então.
O episódio já começa com uma adaptação da famosa trilha da Marvel, o que já fez com que eu desse mais atenção para a história. Seguindo o ritmo da música, nossos personagens viajam até o século 19, e parece que sair da sede da TVA fez a história dar os passos necessários.
A série traz um ótimo easter egg ao mostrar três estátuas em um bar, com Odin, Thor e Balder, meio-irmão de Thor que nunca foi usado no UCM (Universo Cinematográfico da Marvel), apesar do desejo do estúdio.
Além de Loki ficar incomodado de não ser lembrado naquela homenagem e até demonstrar inveja do irmão adotivo e deus do trovão, algo que sempre foi gostoso de ver em todos esses anos de Marvel, ele ainda diz não conhecer Balder, sendo a voz do público naquele momento. Ótima sacada.
Neste capítulo, temos a repetição da cena pós-crédito do tenebroso Homem-Formiga 3: Quantumania, em que Loki reconhece a variante de Kang durante uma apresentação.
Naquele momento do começo de 2023, metade dos fãs da Marvel (incluindo este que vos escreve) pensou que aquele Kang seria uma grande ameaça ao mundo. Ledo engano, pelo menos por enquanto. A variante é Victor Timely, em um trabalho brilhante de Jonathan Majors. No entanto, todo esse esforço pode ir por água abaixo, já que o ator enfrenta um processo de agressão doméstica. Majors é um artista incontestável, mas aqui ninguém vai passar pano para ele.
Voltando para a história, Victor é um cientista meio tímido e um pouco gago, mas nem de longe um pateta. Ele ganha a vida enganando pessoas com suas invenções, e sobrevivia muito bem até a chegada dos viajantes do tempo.
A dinâmica de Sylvie querendo matar Victor (que não tem ideia do que está acontecendo) com a justificativa de querer impedir que ele se torne um vilão, e de Loki fazendo de tudo para salvá-lo, lembra muito O Exterminador do Futuro, de Arnold Schwarzenegger, e um clássico de viagem no tempo. Foi um ótimo direcionamento da série.
Quando Victor consegue fugir com Ravonna e Ms. Minutes, tudo fica ainda mais interessante ao percebermos que a Inteligência Artificial pode ser mais ameaçadora que pensávamos. Primeiro, ao demonstrar todo uma obsessão romântica e tóxica, e até erótica, por Aquele que Permanece/Victor, e depois por chantagear Ravonna no final do episódio.
Quem sabe a Marvel finalmente pode nos surpreender ao transformar uma simples animação na grande vilã de toda essa história?
Faltam três episódios para o fim da segunda temporada. Loki e Mobius conseguiram levar Victor de volta para a TVA. Só espero que o retorno ao burocrático escritório não faça do quarto capítulo mais uma arrastada narrativa.
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