Roube como um artista ou como nossa criação depende de quem a gente está querendo imitar

Você imita alguém.

Admitindo ou não, imita.

Você imita um amigo que tem uma gíria esquisita, um artista que usa um emoji específico, um jeito de mexer a mão de alguém que você acha engraçado. Você imita o tom de voz de alguém que gosta quando canta. A gente sempre imita alguém. E tá tudo bem.

Na verdade, mais do que isso: tudo o que é novo é velho e já foi feito antes. Só foi adaptado por outras coisas.

Quem fala isso é o Austin Kleon, autor de “Roube como um artista”, um livro que figurou na lista dos mais vendidos da Amazon durante muito tempo do ano de 2012. O livro é um guia: você pode ser um artista criativo, só precisa roubar das pessoas certas. Referência é tudo nessa vida, meus amigos.

O que Austin pontua no livro são dúvidas básicas: quem você imita, com qual propósito você imita e onde você quer chegar. E também tem isso: é importante saber claramente o seu propósito final. O que você quer criar? Faça! Faça à exaustão, faça muito, faça errado, faça certo e faça usando todos os métodos que você imagina serem possíveis.

O processo evolutivo de qualquer criação é muito claro (o que não significa que seja fácil):

“É um processo em duas etapas. Etapa um, “fazer bom trabalho”, é incrivelmente difícil. Não há atalhos. Faça coisas todo dia. Saiba que você ficará travado por algum tempo. Falhe. Melhore. Etapa dois, “compartilhar com pessoas”. Era muito difícil há dez anos, mais ou menos. Agora, é muito simples: “Coloque suas coisas na internet.””

Faça. Exponha.

Ler “Roube como um artista” é um respiro de inspiração onde tudo é muito interessante, tudo parece ter sido feito especificamente para você ler ou assistir. É um toque de agulha na bolha do nosso caos.

Esse livro não é de autoajuda, mas te ajuda a se ajudar a criar.

Roube! Mas só ideias. E faça isso como um artista.

A poesia da contradição escrevendo uma coletânea vitalícia de histórias que vivi e inventei.