Ahsoka: 4ª episódio cria mistério com destino da protagonista
Já chegamos na metade de Ahsoka, e tivemos um dos melhores episódios da série do Disney+ até aqui. Se o fã de Star Wars gosta mesmo de uma luta de sabre, em Fallen Jedi, capítulo desta semana, ele sairá completamente saciado. Mais da metade do episódio entrega bons combates com a perigosa arma, e de quebra, com o lindo cenário da floresta vermelha.
ATENÇÃO: O texto contém spoilers do 4º episódio de Ahsoka!
No primeiro deles, depois de momentos de tensão e estudo, Ahsoka (Rosario Dawson) derruba facilmente o inquisitor Marrok (Paul Darnell), que simplesmente desaparece em meio a poeira, dando fim a um inimigo sem personalidade e carisma, acabando com qualquer teoria dos fãs de que ele seria um personagem famoso debaixo daquela máscara.
Haiti (Ivanna Sakhno) e Sabine (Natasha Liu Bordizzo) entregam a melhor batalha, em uma revanche aguardada do primeiro episódio. Esse review por pouco não tomou um rumo diferente de crítica quando Sabine tentou usar a força em Haiti. Mas como nada aconteceu, continuamos elogiando a série. Que alívio!
O terceiro duelo foi o tão esperado encontro de Ahsoka e Baylan (Ray Stevenson), que pareceu se conter durante toda a briga, mostrando o poder do ex-jedi.
Ahsoka termina derrotada e jogada de um penhasco.
O assunto principal de Fallen Jedi é o sentimento. Fica claro que cada personagem tem suas convicções, traumas e emoções reprimidas. Sabine faz de tudo para encontrar Ezra, como mostrado no episódio. Baylan tem um respeito pela história Jedi que Ahsoka não possui, tanto que em alguns momentos parecia que a Togruta era a antagonista aqui; e o misterioso vilão acredita no que está fazendo, ainda que suas motivações não sejam totalmente claras.
Ahsoka prova que o assunto Anakin Skywalker ainda mexe com ela e que a ferida segue aberta. Dave Filoni (showrunner da série) está de parabéns por conseguir mostrar todas essas camadas de forma mais subjetiva.
Clichê espacial
Ironicamente, a parte mais fraca do episódio é quando saímos da terra firme para explorar a guerra nas estrelas (pegou o trocadilho, leitor?). É no espaço que temos as cenas mais repetitivas e enfadonhas.
Depois de elogiar Hera (Mary Elizabeth Winstead) no capítulo 3, temos um retrocesso da personagem aqui, em momentos sem emoção e com diálogo chavão. Até o pequeno Jacen (Evan Whitten) falha ao usar a velha frase conhecida no Universo Star Wars: “”stou com um mau pressentimento”. A morte de dois pilotos não traz nenhuma sensação e não sentimos em nenhum momento que personagens conhecidos estão realmente em perigo.
Ahsoka realmente morreu?
Bom, eu juro que não estava na sala dos roteiristas, mas posso quase garantir que a resposta é NÃO. Primeiro que a série leva o nome dela, então não acredito que Filoni descartaria a personagem assim de forma tão rápida e simples.
Segundo: nos primeiros episódios, e até antes, em The Mandalorian, foram construídas narrativas do embate entre Ahsoka e Almirante Thrawn.
Ahsoka se encontra agora no Mundo entre Mundos, já visto em The Mandalorian e principalmente em Rebels, visitado por Ezra, e quando o rapaz salva Ahsoka da morte (olha aí a importância da animação para este live-action). Vamos ver como esta dimensão será usada no show.
E não podemos esquecer da aparição, mesmo que rápida, de Anakin Skywalker (Hayden Christensen). Como a série se passa depois dos acontecimentos de O Retorno De Jedi (1983), sabemos que Darth Vader morreu. Mas aqui ele não parece ser um fantasma da força. Então que tipo e Anakin temos dessa vez? E Ahsoka terá tempo para resolver todas suas questões com o ex-mestre? Questões para serem respondidas na próxima terça.