CCXP 2015: a primeira vez a gente nunca esquece

Este Nerd que vos fala não vai esconder a felicidade de ter realizado um sonho até então muito distante, e posso dizer: Eu Fui na Comic Con! E foi Épico! E no Brasil!

Lembro de a muitos e muitos anos atrás conversar com meu cunhado quais seriam os atores ideais para os papeis de uma possível adaptação para o livro do Senhor dos Anéis. Vimos isso se realizar não com as nossas escolhas, mas o filme aconteceu e agora no Brasil se realiza outro sonho de garoto uma Comic Con!

Em 2014 não pude ir, mas em 2015 o Crônicas do Agora me proporcionou a oportunidade perfeita, ainda mais podendo fazer uma cobertura, mas a quinta-feira, como sempre, se mostrou ser o dia do Caos (I hate thursday, parafraseando o androide Marvin). O trânsito e as manifestações contra o fechamento das escolas paulistas pelo governador foram um terrível obstáculo e não consegui chegar a tempo para coletiva de imprensa e o press tour guiado.

Foi possível dar um giro pelas dependências por uns 40 minutos antes dos portões serem abertos ao público e percebi a grandeza do evento e sua organização. Um exemplo foi a entrega das credenciais no térreo do prédio garagem do São Paulo Expo Exhibition, que mesmo passando por uma grande ampliação, os organizadores e produtores conseguiram contornar e pensar no público com uma extensa passarela coberta e muito bem organizada com dois sentidos de fluxo, gostei bastante da solução. Muitos colaboradores prestando orientações até a entrada do evento.

O espaço muito bem distribuído com amplos corredores sinalizados no alto, estandes, cada um mais elaborado e gigantesco que o outro, praça de alimentação com muitas opções, uma área de food truck, banheiros amplos e limpos pelo menos no primeiro dia deram conta. Notei uma pequena fila no banheiro feminino uma vez apenas, percebi vários totens para recarga de celulares com uma profusão de conectores.

A diversidade de expositores e itens faz necessário um bom preparo físico e sapatos confortáveis para percorrer todos os corredores e cantos com a ajuda do Guia Oficial 2015, distribuído na entrada, foi fácil organizar os locais que eu gostaria de voltar com mais calma para garimpar uma HQ, livro, miniatura, colecionáveis, cards ou mesmo algum item autografado da Artists’ Alley (o meu foi um exemplar da HQ Thor o Carniceiro dos Deuses, assinada pelo ilustrador Esad Ribic; e um outro o estande da editora Aleph, do Mestre Jedi Timothy Zahn, escritor da Trilogia Thrawn do universo expandido de Star Wars).

Ao meio-dia, o público entrou e o evento começou de verdade, os estandes encheram e os corredores ficaram menos amplos, mas não fui empurrado nenhuma vez. As mesas do Artists’ Alley lotaram. O setor para autografo e meet & greet dos convidados especiais como Frank Miller, Evangeline Lilly entre outros, formava filas dos fãs dispostos a pagar pelo autógrafo ou pela fotografia, havia uma tabela com os valores em um guichê específico, segundo o Guia Oficial os valores e quantidade de autógrafos eram estipulados pelos próprios convidados e todo o valor arrecadado direto para o convidado.

Os cosplayers se arrumaram em um camarim exclusivo e logo  já circulavam pelo evento, veteranos profissionais impressionavam em seus trajes elaborados, mas a criatividade dos mais humildes eram sem tamanho e encontrei muitos e todos iriam participar da Cosplay Parede, um desfile com todos os cosplayers pelo corredor central em uma preparação para o aguardado Concurso Cosplay Experience.

Se você não foi neste ano, programe-se e não perca a sua chance em 2016. Eu, como nerd que sou, garanto que vale a pena.

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Rogerio Cardoso é jornalista apaixonado por livros, cinema, cerveja, música, discos de vinil e Fórmula 1. Não necessariamente nessa ordem.
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