10 dicas de uma turista brasileira para aproveitar Amsterdam

Imagem de Amsterdam para ilustrar guia da cidade montado por uma turista brasileira
Amsterdam, uma cidade ótima para turistar (Foto: Pixabay)

Bicicletas, tulipas, moinhos, prostituição e cafés de cannabis. Essas são as primeiras atrações que vêm à mente quando falamos sobre Amsterdam. E realmente tem tudo isso por lá! A capital da Holanda, no entanto, vai muito além do clichê que atrai diversos turistas durante todo o ano. Estive na cidade em agosto de 2023 e, a seguir, conto como foi minha visita. 

Mesmo no verão, o clima de Amsterdam não costuma ter temperaturas altas. Em dias de sol, a média é de 25 graus e boa parte do dia permanece com o céu nublado. Casacos e guarda-chuvas são itens indispensáveis na mala, mesmo entre junho e agosto.

1 – Centro

O centro de Amsterdam é onde fica a maioria das atrações principais, como os canais, museus, restaurantes, coffee shops e bares. E dá para fazer tudo a pé, já que a cidade é pequena e plana. Na rua da estação Central, é possível conferir os canais e encontrar bons lugares para comer, além de paisagens coloridas e cheias de flores.

O bar LGBTQIA+ Prik, que aparece no episódio “Girassóis” de Ted Lasso, realmente existe e fica no centro da cidade. Os drinks são todos personalizados e custam entre 15 e 30 euros (de R$ 80 a R$ 160).

2 – Canais

Os canais estão por toda parte de Amsterdam e contam com muitas pontes enfeitadas com bicicletas floridas para tirar fotos. O tour de barco pela água é bem interessante, principalmente se tiver um guia contando a história da cidade. É possível fazer reservas a partir de 20 euros (R$ 105) através do Booking.

(Fotos: Paola Zanon)

3 – Casa da Anne Frank

A casa onde Anne Frank (1929-1945) se escondeu com mais sete pessoas durante o período nazista hoje é um museu que conta tudo o que ela e sua família enfrentaram através dos registros feitos em seu diário. Dentro da residência, todos os cômodos são apresentados através de um áudio guia gratuito, com opção em português. O tour passa também pelo esconderijo que ficava no anexo, incluindo o quarto onde ela dormia com a irmã. Tudo é muito impactante.

O ingresso precisa ser comprado com antecedência de 30 dias, através do site oficial, e custa 16 euros (R$ 85). 

4 – Fábrica da Heineken

A fábrica original da cerveja Heineken em Amsterdam oferece o “Heineken Experience”, que é um tour pelas instalações do local e um mergulho na história da marca. No site oficial, existem diversos tipos de pacote, incluindo cerveja ou não, a partir de 23 euros (R$ 120). 

5 – Moinhos

Os famosos moinhos de Amsterdam não ficam em Amsterdam. Para conhecê-los, é necessário ir até Zaanse Schans e reservar um dia para a visita. Dá para chegar no local através de transporte público, carro e até mesmo passeios guiados com agências especializadas a partir de 35 euros (R$ 185).

6 – Tulipas

Os campos de tulipas em Amsterdam não ficam disponíveis durante todo o ano. O período para visitá-los é durante a primavera europeia, ou seja, entre fevereiro e maio. O melhor local para ver as tulipas é o parque Keukenhof, que cobra entrada a partir de 9 euros (R$ 47). Os ingressos precisam ser comprados com antecedência no site oficial. Como estive na cidade em agosto, não tive oportunidade de conhecer. 😞

Booking.com

7 – Coffee Shops

Ao contrário do que se pensa, a maconha não é exatamente liberada em Amsterdam. Existem lugares próprios para consumo: os coffee shops, que também fazem a venda do produto. O mais famoso deles é o Bulldog —e também o mais caro. Um único cigarro custa 14 euros (R$ 73), exatamente o dobro do preço de outros coffee shops menos famosos. 

O consumo é obrigatoriamente feito dentro dos estabelecimentos licenciados para isso. No entanto, como a cidade sempre fica cheia de turistas, a polícia acaba fazendo vista grossa com quem fuma na frente dos coffee shops ou perto dos canais, por exemplo. 

Além de cigarros, o turista encontra os space cakes, feitos com maconha e diversos outros doces que contém canabidiol (a substância calmante), como balas de gelatina, pirulitos e chiclete. Os preços variam entre 5 e 20 euros (R$ 26 e R$ 105).

8 – Red Light District

O Bairro da Luz Vermelha é outra atração das noites liberais de Amsterdam por ser o local onde prostitutas ficam “expostas” em vitrines. Na Holanda, a prostituição é legalizada e considerada uma profissão como qualquer outra.

As mulheres costumam ficar em cabines com vista para a rua, seminuas e até nuas. Todas as ruas ficam iluminadas por uma luz vermelha. Também dá para encontrar shows de sexo ao vivo. É terminantemente proibido tirar fotos no Red Light District, assim como o consumo de bebidas alcoólicas e drogas —incluindo a maconha. A fiscalização no bairro funciona melhor do que em outros lugares.

Os pecados culinários de Amsterdam (Fotos: Paola Zanon)

9 – A gastronomia de Amsterdam

A gastronomia de Amsterdam se assemelha a do Reino Unido, com opções variadas de fast food. Uma das refeições mais famosas são os cones de batata frita com molho –os melhores que eu já comi na vida! No centro, é possível encontrar vários restaurantes que vendem. As opções de tamanho vão do P ao G, com quantos molhos quiser —pagos à parte. Uma batata média com três molhos custa aproximadamente 7 euros (R$ 37).

Outro ponto forte são os doces. A torta de maçã é bem diferente das que comemos no Brasil e normalmente vem acompanhada de creme e chocolate quente. A média de preço é de 4 euros (R$ 21). Os waffles gigantes com coberturas diversas também valem muito a pena. Além disso, o centro de Amsterdam é cheio de lojas que vendem balas de gelatina (tipo Fini) por quilo. 

10 – Transporte público que funciona

O jeito mais fácil de andar por Amsterdam é de bicicleta —elas, inclusive, estão em maior número do que os carros pelas ruas. No entanto, também tem metrô, ônibus e trem. O preço da passagem parte de 2,80 euros (R$ 15). Mas recomendo baixar o aplicativo GVB, o serviço de transporte da capital holandesa.

Dá para comprar passes unitários, diários e até semanais. Comprei o passe para três dias por 21 euros (R$ 110) e valeu a pena, pois o aplicativo ainda mostra qual transporte pegar em determinado horário. Algumas linhas de ônibus funcionam 24 horas. 

Onde se hospedar em Amsterdam

As hospedagens no centro de Amsterdam costumam ser mais caras do que em outros bairros próximos. Fiquei hospedada em um hostel feminino em Bijlmermeer, bem perto da Bijlmer Arena, o estádio do Ajax. A distância até o centro era de apenas 15 minutos de metrô. Mas a vantagem de se hospedar no centro é que praticamente não precisa acessar o transporte público. Dá para fazer quase tudo a pé.

No Booking, onde fiz minha reserva, é possível encontrar hotéis e hostels com diárias a partir de 40 euros. Goede reis!

 

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Paola Zanon é jornalista, repórter e redatora com passagens pelo Notícias da TV, R7, UOL Esporte e Quinto Quarto, interessada em esportes, filmes e séries, mas no geral, boas histórias para contar.
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